Uso excessivo de eletrônicos pode prejudicar a visão de crianças

25,2 milhões de crianças menores de cinco anos apresentam algum problema visual
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Imagem: Pixabay
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A reclamação de sentir os olhos secos observada pela mãe de Diogo, de 11 anos, foi o alerta. Longe da escola, dos amigos e com aulas on-line, o garoto chegava a passar até 10 horas na frente das telas. Preocupada, a gerente de telemarketing Fátima Lemos buscou ajuda profissional. “Percebi que ele estava piscando mais do que o normal e que, em alguns momentos, apertava os olhos na frente da tela para enxergar melhor “, conta.

Relatos como o de Fátima se tornaram mais frequentes nos consultórios no período de isolamento, mas não são novidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas com a visão estão entre os mais comuns em crianças menores de cinco anos, afetando 25,2 milhões, principalmente nos países de baixa e média renda.

O Dr. Cristiano Correia, especialista em oftalmopediatria da rede Dr. Consulta, foi responsável pelo atendimento de Diogo. Além de um colírio antialérgico, o especialista orientou a mãe a controlar o tempo que o filho fica em frente às telas. “Ficar muito tempo e muito próximo aos equipamentos pode trazer vários problemas, como ressecamento ocular, cansaço visual e dor de cabeça, e pode até acelerar miopia ou provocar estrabismo”, explica.

Para amenizar os possíveis danos ocasionados pelos gadgets, o oftalmopediatra dá algumas orientações:
  • Aumentar a distância do aparelho. O ideal é fazer as aulas on-line pelo computador ou mesmo projetar na TV;
  • Manter o aparelho em uma altura abaixo dos olhos para que as pálpebras fiquem baixas, diminuindo o ressecamento;
  • Piscar mais enquanto estiver em frente à tela;
  • Fazer pausas de dez minutos a cada hora, fixando os olhos em algum objeto longe, a no mínimo seis metros de distância;
  • Assistir às aulas em um cômodo que tenha bastante iluminação natural, mas que não incomode a visão, como o reflexo do Sol na tela.

O médico também alerta que não se deve fazer uso de colírios ou lubrificantes oculares sem a orientação de um oftalmologista. “O ideal é ir uma vez ao ano, ou antes, quando houver alguma queixa”, reforça.

 

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