Tudo o que desejo para meu filho é que ele tenha saúde emocional

Por Luciana Santos Tardioli
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Imagem: Pexel
Imagem: Pexel

Pandemia, guerra, descontrole. A infância é o útero do adulto: precisamos deixar seres humanos melhores para o mundo.

Há pouco mais de um ano, muito desiludida com alguns rumos da minha vida e sozinha nos meus entraves emocionais, resolvi começar uma jornada de autoconhecimento. A maternidade me impulsionou a isso.

Entendi que se não fosse atrás de amenizar as minhas dores emocionais, não conseguiria criar um ser humano minimamente saudável emocionalmente. E hoje, para mim, é claro como água que essa é a maior riqueza que posso deixar ao meu filho. Esta deve ser a verdadeira missão de qualquer pai ou mãe.

Estamos vivenciando períodos históricos gravíssimos. Uma pandemia que foi conduzida de formas distintas pelos países, com menor ou maior grau de sucesso em virtude de governantes bem ou mal preparados – para dizer o mínimo.

E se não bastasse toda dor causada pela pandemia, agora vivemos uma guerra. É com enorme pesar que devemos olhar o que acontece na Ucrânia. Pesar pelas famílias que tiveram sua paz ceifada. Pesar porque ainda sequer sabemos se toda essa loucura vai reverberar em outros países quiçá no mundo todo. Deus queira que não.

Loucura: esse é meu ponto. É muito claro que até aqui falhamos enormemente e inúmeras vezes enquanto humanidade. Ensinamos português, matemática e outras matérias. “Ensinamos”, em casa, a tomar um “coro” quando não obedece, a obedecer por medo, a criar mágoa e revolta em pequenos corações que um dia serão corações de adultos… a infância é o útero do adulto, como ouvi de um professor de consciência sistêmica. Nosso útero não teve muito cuidado até aqui.

Para quem insiste que criar de forma consciente é mimimi e que usa aquelas frases rasas, batidas de “apanhei, mas não morri”, “essa geração é nutela”, simplesmente repense. Nossos governantes – e falo do mundo – são resultado de nossas escolhas e nossas escolhas são resultado de quem somos – e quem somos vem de lá, da nossa infância e do que fizemos de lá para cá. Se evoluímos ou se sequer nos demos conta de que essa evolução se fazia necessária.

Saiba que o cérebro não está fadado a ser sempre o mesmo por toda a sua vida. Saiba que é possível construir novos caminhos cerebrais. Com isso quero dizer que qualquer um de nós pode mudar, se assim o desejar; e principalmente: pode ajudar a guiar seu filho na construção de um ser humano muito mais saudável lá na frente. E quem sabe, tenho fé, esse exército de novos humanos irá salvar nosso planeta.

Voltando ao começo do meu texto: eu sigo na minha jornada. Leio, faço cursos, fiz terapia. Cada um irá encontrar um ou vários caminhos. Há muito conteúdo importante e gratuito disponível na internet também. A jornada é individual, por vezes dolorosa, mas em sua maior parte, gratificante e com resultados coletivos, pode ter certeza. Não
menospreze seu papel como pai ou mãe. Repito: saúde emocional é o maior legado que você pode deixar para sua criança! Que você tenha sucesso! A construção de um mundo melhor começa agora!

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