Conheça os benefícios do brincar sozinho

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Imagem: Freepik
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Você sabia que brincar tem benefícios além da diversão? A brincadeira é uma das atividades mais importantes para o desenvolvimento cognitivo, emocional, físico e social. E brincar sozinho é importante para a evolução das crianças.

A pandemia de novo coronavírus fez com que muitas crianças ficassem isoladas em casa sem poder interagir pessoalmente com os amiguinhos. Com isso, muitos pais acabam ficando preocupados e se sentem culpados por não conseguirem dar tanta atenção aos filhos. A boa notícia é que eles não precisam se sentir assim. “Um dos aspectos essenciais das brincadeiras é que elas estimulam a imaginação das crianças. Elas constroem uma realidade, se inserem nela e vivem intensamente”, explica o psicólogo Ary Maoski da Clínica de Terapia Cognitiva AMI.

O especialista explica que no primeiro ano de vida, a criança faz brincadeiras sozinhas explorando e manipulando objetos, o que propicia o desenvolvimento de seus órgãos sensoriais motores. Depois disso, a criança passa a construir coisas com objetos e brinquedos e começa a perceber que é capaz de interferir, criando coisas novas, seja na sua imaginação ou na realidade concreta. E conforme a criança amadurece, ela entra em um “mundo do faz de conta”, em que experimenta objetos, seja para pentear os cabelos ou comer com uma colher de brinquedo.

Quais os principais benefícios do brincar sozinho?

  • Incentiva a imaginação e a criatividade;
  • Apoia o desenvolvimento de funções executivas importantes para a fase adulta, tais como: planejamento, organização, controle, tomada de decisão e memória operacional, entre outros;
  • Fortalece a autoestima e a independência ao permitir que a criança perceba que consegue realizar atividades por conta própria;
  • Ajuda a desenvolver a identidade pessoal;
  • Ajuda a lidar positivamente com a solidão;
  • Permite explorar o ambiente ao seu redor.

Como os pais podem incentivar as crianças a brincarem sozinhas?

Acompanhar: estimular a criança a brincar sozinha não significa deixá-la abandonada em um canto com seu imaginário. A supervisão e acompanhamento dos pais sempre será importante, principalmente caso o pequeno tenha dificuldade para iniciar a brincadeira. Nestes casos, os pais podem se envolver nas atividades e se distanciar aos poucos.

Substituir brinquedos tecnológicos: para desenvolver a criatividade, o ideal é substituir brinquedos tecnológicos (vídeo games, tablet, TV) por objetos que podem ser usados de diferentes formas, como peças de montar.

Criar um espaço para brincadeiras: é importante que a criança tenha um local seguro – com um adulto por perto – com brinquedos apropriados para a idade para que ela tenha autonomia e brinque de forma independente.

Não interromper: os pais devem evitar interromper quando a criança estiver brincando sozinha, pois é neste momento que ela está imaginando, exercitando a criatividade e a autonomia, e aperfeiçoando diversas habilidades, inclusive a de resolver problemas.

O especialista reforça que, quando a criança não tem vontade de brincar e isso acontece repetidamente, é importante realizar uma avaliação e acompanhar o que está acontecendo. “Entender o momento pelo qual a criança está passando, reforçar os laços afetivos e estimular seu aprendizado é o nosso desafio como pais”, complementa.

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