Férias na Tava: MCI oferece jogos, brincadeiras e oficinas de artesanato durante os fins de semana de janeiro

Entre as atividades previstas estão arco e flecha, peteca, contação de histórias tradicionais do povo Guarani e produção de colares e pulseiras com sementes
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Imagem: divulgação
Imagem: divulgação

Para o povo Guarani, a Tava – se pronuncia “Tauá” – existe como um lugar de referência para as atividades coletivas do dia a dia na aldeia. Nesse espaço são realizados jogos, contações de histórias, apresentações de dança, rezas e transmissões de saberes artesanais entre diferentes gerações.

Esse costume inspirou a criação da atividade Férias na Tava, marcada para ocorrer gratuitamente durante três fins de semana do mês de janeiro no Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Nos sábados e domingos dos dias 14, 15, 28 e 29 de janeiro vão ocorrer no MCI uma série de oficinas de artesanatos, jogos coletivos e brincadeiras tradicionais do povo Guarani com a mediação dos Mestres de Saberes. Também estão previstas apresentações de dança, canto, contação de histórias e pinturas corporais realizadas pelos próprios indígenas.
“O objetivo é trazer a importância dos povos indígenas e mostrar para o público o que é uma Tava, essa casa de transformação onde a gente realiza as atividades que acontecem na comunidade desde a hora que acordamos até a hora que dormimos”, explica o Mestre de Saberes, Michel Werá Popyguá um dos responsáveis pela atividade no MCI.

Entre as ações, pensadas para atender tanto o público infantil como o adulto, estão arco e flecha, peteca, contação de histórias tradicionais do povo Guarani e produção de colares e pulseiras com sementes. “A ideia é que se retrate a vivência dentro do território, em que as brincadeiras e os trabalhos acontecem sempre juntos e misturados, enquanto outros fazem rodas, conversas e contam histórias”, comenta Michel.

Também está marcada a realização de uma oficina de leitura e de desenho com a escritora, pesquisadora e curadora de literatura indígena Julie Trudruá Dorrico. O encontro vai ocorrer no dia 14, das 15h às 16h30.

Por fim, os participantes da atividade poderão assistir a apresentações das danças-rituais Tangará, em que se celebra a transformação de meninos – no ritual chamado Xondaro – e de meninas – no ritual Xondaria – em guardiães da cultura e da tradição Guarani. Ambas as danças são consideradas sagradas para o povo indígena e reforça os laços ancestrais da aldeia, prezando a manutenção de seus costumes tradicionais ao longo do tempo.

Serviço
Museu das Culturas Indígenas (MCI)
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos: R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras
Agendamentos pelo site.
Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP)
Informações: (11) 3873-1541

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