Os primeiros anos de um bebê podem ser considerados como o período mais importante para o seu desenvolvimento, com mudanças que vão acompanhá-lo por toda a vida. Ter uma nutrição adequada desde o nascimento é essencial para auxiliar no crescimento e no neurodesenvolvimento.
O período de 0 a 3 anos é aquele em que o cérebro mais cresce, podendo dobrar de tamanho. Neste fase, também acontece o desenvolvimento das habilidades cognitivas, linguísticas e motoras, ou seja, a criança começa a entender melhor o mundo ao seu redor, se comunicar melhor com as pessoas que convive e a controlar melhor os movimentos, para então começar a falar e andar.
Além dos estímulos externos, a nutrição tem um papel fundamental para o desenvolvimento da criança, o que inclui a ingestão adequada de vitaminas, proteínas, gorduras, carboidratos e sais minerais.
Até os 2 anos de idade ou mais recomenda-se o aleitamento materno exclusivo, mas a partir do 6º mês de vida do bebê começa a ocorrer a introdução da alimentação complementar. Nesta etapa, é muito importante consultar um especialista, pois a escolha dos alimentos é crucial para o desenvolvimento da criança.
Apesar de aproximadamente 80% das crianças já tomarem leite de vaca com 1 ano, esta pode não ser a opção ideal para essa fase por conter alto teor de proteínas, gorduras saturadas e sódio. Além disso, o leite de vaca apresenta baixo teor de ferro e não contém gorduras do tipo poli-insaturadas (como o DHA), fundamentais também nessa faixa etária.
“Na impossibilidade do aleitamento materno a partir de 1 ano de idade, uma criança que recebe o leite de vaca, e não uma fórmula infantil adequada, pode ter carência de nutrientes e ingerir outros em excesso”, explica a pediatra consultora Dra Márcia Pahl. “É importante que os pais se preocupem com a composição dos produtos que oferecem aos seus filhos, bem como com as faixas etárias a que eles se destinam. Também entendam que fórmulas infantis podem ser usadas como uma estratégia para oferecer todos os nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento de crianças, dando suporte à transição para a dieta da família”, afirma.
Além disso, procurar ajuda profissional de um médico ou nutricionista é sempre indicado a cada mudança na alimentação dos pequenos.
