Ilhas Maldivas com um bebê de seis meses

Por Tatiane Braga
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Imagem: Arquivo pessoal da colunista
Imagem: Arquivo pessoal da colunista

E lá fomos nós para mais uma viagem. Dessa vez fomos às Ilhas Maldivas quando o nosso pequeno tinha apenas seis meses e estava começando a introdução alimentar.

A preparação

A primeira preocupação foi em relação à mala de viagem dele. Peguei papel e caneta e escrevi tudo o que precisaríamos para uma viagem para a praia. Depois disso, comecei a colocar os dias e, ao lado, tudo o que eu precisaria para um dia de praia e as quantidades. Fiz as contas sempre exagerando para que não faltasse nada.

Comecei pelas fraldas. Para isso é importante saber quantas fraldas, em média, o bebê usa por dia e adicionar umas extras. Levamos mais ou menos dez para cada dia ou, para quem utiliza pants para nadar, três pants e sete fraldas. Dois cremes antiassaduras novos, um na mala de mão da viagem e outro na mala despachada, e três pacotes de lenços umedecidos, um deles na mala de mão. Também levamos um trocador portátil que utilizávamos sempre.

Roupinhas? Bom… levei muitos e muito bodies, pois são a nossa salvação. Práticos e baratos! Quando os bodies sujavam de cocô, nem sempre conseguíamos lavar direito, e acabamos descartando alguns. Eu contei duas roupas para o dia e duas para a noite. Assim sempre tinha extra, caso algo acontecesse. E deu tudo perfeitamente certo!

Levei quatro pijamas levinhos, pois quem controla a temperatura do quarto somos nós. Caso suje com xixi ou cocô, sempre tem como colocar um body ou uma roupinha confortável para eles dormirem tranquilos. Na hora de dormir, Santiago sempre gostou de ter o seu “macaquinho” por perto e não foi diferente! Ele foi com a gente na viagem para que o Santiago se sentisse seguro e confortável mesmo estando fora de casa. É legal sempre levar uns dois “mimos” para os pequenos se sentirem bem, felizes e seguros, tanto no avião quanto no quarto do hotel.

Sobre o voo

Nosso voo Kuwait-Dubai-Male foi bem tranquilo e Santiago foi dormindo tranquilamente. Só acordou para mamar. Chegamos logo pela manhã em Male e lá pegamos o hidroavião de 30 minutos para o nosso hotel.

O hidroavião é muito barulhento. É importante usar os protetores de ouvidos fornecidos e colocar nos pequenos também. Também é muito quente. Por isso, se forem pegar, troquem a roupinha do bebê, passem protetor solar, coloquem um chapeuzinho e deixem os pés descalços ou com um chinelinho para ficarem bem à vontade.

Pousamos no mar e uma lancha veio nos buscar até o hotel. O Santiago já estava amando a diversão, todo feliz.

No hotel

Chegando no hotel tivemos nossa incrível recepção e fomos para o quarto… tudo lindo, bem equipado e incrível! Ficamos em um quarto over water. Foi bem tranquilo porque o Santiago não caminhava ainda. Se o seu bebê já caminha, vale ver se estes quartos são liberados, já que os bebês são muito curiosos e amam água.

Para lavar a mamadeira utilizamos água fervendo e um produto que é especial para lavar mamadeiras que compramos na Espanha. Levamos quatro chupetas e todos os dias esterilizamos com água fervendo. (Obs: Nos quartos de hotel normalmente tem jarra elétrica para ferver água).

Usamos protetor solar o tempo todo, pois caminhávamos ou andávamos na ilha o tempo todo. Para os bebês, uma boa dica são os conjuntinhos que já possuem proteção solar. Outra dica importante é levar repelente infantil, já que a parte da ilha que tem mato tem muitos bichinhos e insetos. Tem muitos mosquitinhos principalmente à noite, mas o Santiago não levou nenhuma picada.

Quanto ao mar, sol e areia, a diversão foi garantida! Santiago não queria sair do mar, ficava na boia pulando todo animado e na areia ficou sempre debaixo do guarda-sol.

Sobre a introdução alimentar

Tentamos dar frutinhas no café da manhã e no almoço, como estávamos fazendo em casa, mas o Santiago não aceitou. Isso é normal! Os bebês quando saem de casa, da sua rotina e do seu local de conforto, acabam  estranhando e está tudo bem.

Santiago tomou leitinho em todas as refeições, mas não deixamos de mostrar para ele as frutas. Às vezes ele até pegava um pedacinho, mas depois já não queria mais. A banana foi a frutinha mais fácil dele comer pelo menos um pouquinho.

Contratempos
  • Para a hora da fominha tínhamos sempre mamadeiras com a quantidade certa de fórmula pronta. O meu leite secou naturalmente com a mudança de país. Depois de alguns dias que eu estava no Kuwait, percebi que o Santiago começou a não se sentir satisfeito com o meu leite. Foi então que percebi que não estava mais produzindo.  Eu considerei quantas mamadeiras ele tomava por dia antes da introdução alimentar e, então, levei um pote e meio de fórmula! Pareceu exagero? Faltou!!! E eu entrei em desespero!!! Felizmente o pessoal do hotel resolveu o nosso problema. Foram buscar de barco em Malé, Lá não tinha a mesma marca que usávamos, mas sempre tem algo muito parecido, e deu tudo certo! O Santiago nem percebeu que era outra fórmula.
  • Em relação aos remédios, separei todos os necessários para febre, dor, algum machucado, cólica e diarreia. Só que depois de alguns dias de praia, nosso pequeno começou a ficar com a linguinha e os lábios esbranquiçados. Entrei em contato com a pediatra e não tínhamos o remédio necessário para boqueira. A indicação foi limparmos com bicarbonato e soro fisiológico. Como tinha no ambulatório do hotel, cuidamos direitinho e, em poucos dias, ficou tudo bem! Não se assustem quanto a isso! Os bebês são curiosos… comem areia, mesmo que sem querer, colocam os brinquedinhos da praia na boca e deixam a chupeta cair… acontece!
  • Toda vez que o Santiago entrava no mar dávamos uma ducha nele. O clima é um pouco úmido e ele ficava com o corpinho suado e, com o sal do mar, poderia dar alguma assadura. Hidratávamos ele sempre muito bem. Nem assim impedimos que o impetigo aparecesse. Impetigo são bolinhas de água que podem aparecer na pele. Quando elas estouram, formam feridas e sai um líquido que pode contaminar outras partes. Precisa tomar muito cuidado para não espalhar. O do Santiago apareceu uns dias depois de voltarmos para casa. Que sorte! Cuidamos com a pomada indicada e trocando a roupinha e toalha o tempo todo.  As feridas foram secando até sumirem. Só que quando o Santiago entra em contato por muito tempo com um clima úmido, ela volta. É importante manter a calma e prestar atenção na pele do bebê. E se surgir alguma ferida ou bolinha, o ideal é mandar fotos para o pediatra analisar, mesmo à distância.

Essas são as minhas dicas para você que vai com o seu bebê em uma aventura incrível como essa. Não esqueça nada da lista e esteja preparada para tudo. Afinal de contas, você estará em uma ilha e, mesmo que elas sejam super equipadas, os produtos podem ser diferentes do que o bebê está acostumado e isso pode gerar alguma alergia.

No mais é só relaxar e aproveitar a viagem!

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