Fim de ano se aproximando e a maior queixa de todos é o cansaço.
Sequenciamos um cansaço muito mais mental do que físico, principalmente, considerando esses últimos tempos vividos em pandemia.
Tempo difícil que não acabou, mas que já se mostra mais sob controle, graças aos esforços e dedicação de tantos cientistas nesta causa!
Não falarei sobre política, mas falarei sobre reflexo emocional, psicológico; lugar em que surfo com mais propriedade.
Observo a partir dos meus filhos, mas confirmo minha hipótese com os feedbacks de pais de pacientes e de ‘pais amigos’, o quanto a reclusão social trouxe dano e energia acumulada para crianças e adolescentes. Atualmente eles se mostram sedentos. Estão também mais ansiosos, querendo viver tudo de uma vez, como se não houvesse mais chance… difícil para crianças e jovens se perceberem limitados com o brincar e o viver livres. Difícil para nós, pais, não podermos ver nossos filhos crescendo junto com crianças, brincando e bagunçando. Nossos jovens descobrindo o mundo, os próprios limites, as amizades, os conflitos interpessoais e o amor.
É chegado o momento de reconstruirmos com eles possibilidades de viver de forma infantil / juvenil e colorida. Com cuidado, já temos acesso a parques, famílias amigas, brinquedos conjuntos, cinemas, liberdade maior. Ufa! Este tempo chegou. Por um momento nos perguntávamos se teria fim (?)
Aos poucos vamos retomando. Mas há um porém, um adendo importante a ser lembrado: mães estão notoriamente mais cansadas. O diagnóstico? Exaustão pessoal. Stress de longa data.
O alerta: sentindo que precisa de ajuda, não hesite em pedi-la. Acione sua rede de apoio, busque ajuda profissional. Invista em você.
Não é sobre impotência. É sobre a imensa sobrecarga que vivemos.
Dias melhores serão construídos, mas precisaremos zelar pelos dias caóticos que foram vividos.