Desafio: 24 horas sem reclamar

Por Silvia Regina Angerami
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Imagem: Canva

Será que você consegue passar um dia inteiro sem reclamar? Reclamar do vírus, da pandemia, do isolamento, da máscara, dos filhos, do marido, dos dirigentes políticos, do clima, dos preços abusivos dos produtos no supermercado… a lista é enorme.

O que não nos falta são motivos para reclamar. E a gente não deixa por menos. Basta um comentário inocente sobre alguns desses assuntos e a gente começa a “desfiar o rosário” (acho que essa expressão é daquelas que costumavam ser usadas pela minha avó).

Um reclama, e o outro dá razão ao que reclamou primeiro e pronto! Está criado o padrão de energia daquela conversa.

Todos somos ingratos

Os autores do livro “Um Dia Sem Reclamar”, Davi Lago e Marcelo Galuppo (editora Citadel), propõem um exercício que parece simples, mas é muito difícil: ficar 24 horas sem reclamar: “A principal função desse exercício é tornar-nos conscientes de que a ingratidão é o padrão natural do ser humano. Para realizá-lo, você precisará registrar o horário em que iniciará o exercício. Não será preciso registrar quantas vezes você viola seu comando (“não reclamar”) porque, a cada vez que você o fizer, você deverá reiniciar a contagem do tempo”.

Será que somos capazes de fazer esse exercício? Caso positivo, quantas vezes iremos reiniciar a contagem das 24 horas??

Eles indicam, desde o começo do livro, o possível “antídoto” para esse comportamento de reclamar das coisas e das pessoas: a gratidão. Sim, eu também acredito que ao focarmos nos motivos pelos quais devemos ser agradecidos na nossa vida, deixaremos de prestar tanta atenção aos motivos que nos impelem à reclamação.

Encher o pulmão de ar

Dessa forma, teremos a capacidade de enxergar, cada vez mais, todas as bênçãos que fazem parte da nossa vida e que são coisas que achamos “normais”, que começam com os nossos cinco sentidos perfeitos. Quem viu o filme “O Som do Silêncio”, que concorre ao Oscar e que reproduz a sensação de não ouvir nada? O meu genro não conseguiu assistir o filme até o final, não conseguiu lidar bem com essa sensação da surdez. Sem falar nos outros quatro sentidos, igualmente importantes… O vírus modifica o paladar e o olfato, o que e bastante incômodo também.

O céu azul, a comida no prato, a cama aconchegante, as pessoas da nossa família, os amigos, a sensação de respirar fundo e encher o pulmão de ar… A lista de motivos para agradecer é enorme, quando você começa a prestar atenção.

Minha proposta é que você tente ficar essas 24 horas sem reclamar e veja o que acontece. Tente se observar de perto e aceite o desafio. Depois, me mande um e-mail no sangerami@gmail.com e me conte como se saiu. Boa sorte!

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