Pressão é o principal desafio universal enfrentado por novos pais

Novo índice global aponta que pais se sentem só, apesar da hiperconectividade
Facebook
WhatsApp
Pinterest
Email
Print
índice parentalidade
Imagem: Canva

Um estudo global inédito sobre experiências parentais, denominado Índice de Parentalidade, revelou que um terço dos novos pais se sente solitário, apesar de viver em um mundo hiperconectado. O Índice de Parentalidade – encomendado pela Nestlé – identificou os fatores universais que impactam a parentalidade em todo o mundo.

Com base nas opiniões de mais de 8 mil mães e pais de bebês de zero a 12 meses, de 16 países, o Índice representa uma nova forma de compreender as experiências e desafios dos pais em todo o mundo nos dias de hoje.

Esta primeira edição mostrou que o fator universal e mais significativo na criação dos filhos é a pressão. Em todos os países pesquisados, os novos pais sentem alguma forma de pressão interna e externa. Para um terço dos novos pais, isso se materializa como solidão, mas a pressão também aparece como julgamento de outras pessoas (incluindo mídias sociais), as realidades inesperadas da parentalidade e a culpa causada pela autocrítica.

Principais pontos:

Solidão em um mundo hiperconectado: 32% dos novos pais e mães dizem que, apesar de viverem em um mundo onde amigos e família estão a apenas uma mensagem de texto, é fácil se sentirem isolados e solitários com um bebê nos braços.
Pressão social: globalmente, 51% sentem uma intensa pressão social sobre como criar seus filhos e, hoje, isso vem, em geral, das redes sociais.
Sentimento de culpa: 45% dos entrevistados concordaram que os novos pais e mães sentem muita culpa, o que pode ter um impacto duradouro em suas relações parentais.
Realidades inesperadas da parentalidade: quase um terço (31%) relatou se sentir despreparado para a realidade de se tornar pai ou mãe, e 53% teve que fazer mais concessões do que o esperado.
Palpites: 60% dos entrevistados relatam que sentem que todos têm uma opinião sobre como criar seus filhos, quer queiram ouvir ou não.

 

Brasil

O Brasil ficou em 15º lugar entre os 16 países do índice. A pesquisa constatou que os pais brasileiros enfrentam desafios relacionados à alta pressão interna e externa, fraca resiliência financeira e insatisfação com o suporte à vida profissional. Além disso, uma das principais preocupações dos pais brasileiros é relativa aos recursos de saúde e bem-estar para seus filhos.

A pressão externa é fator predominante para 71% dos pais, apontando que todos têm opinião sobre como criar um filho e que a pressão social é constante. As principais fontes de conselhos para eles são: mães, sogras e familiares (79%); profissionais de saúde (67%) e o parceiro (45%). No entanto, 62% dos respondentes do Brasil se sentem bem amparados para tomar decisões parentais esclarecidas.

Para os pais brasileiros, a jornada parental, desde a descoberta da gravidez até os primeiros anos do bebê, registra momentos de dúvida, cansaço, preocupação e solidão: 50% acham que a parentalidade é mais complicada do que imaginavam e 37% se sentem solitários nos primeiros meses após o nascimento do bebê. Além disso, 23% das mães de primeira viagem sofrem de depressão pós-parto. Para 59% dos participantes do Brasil, criar um filho também tem um importante impacto nas finanças familiares. No entanto, é um dos países com maior grau de satisfação em relação à parentalidade compartilhada, sendo que 45% concordam que as responsabilidades com as crianças são divididas igualmente em seus lares.

Nestlé Baby&Me

A plataforma Nestlé Baby&Me será um grande hub aberto ao diálogo propositivo em busca de aliviar a pressão dos pais e mães na criação de seus filhos, trazendo diversos fóruns com o apoio de especialistas e influenciadores para falar sobre educação nutricional e compartilhar experiências parentais.

Segundo a head de Nutrição Infantil da Nestlé Brasil, Ionah Kochen, a companhia tem um olhar atento para as questões específicas dos pais brasileiros, como o pouco acesso a especialistas e informações sobre os cuidados com as crianças. “Estamos cientes de nosso importante papel em auxiliar os pais brasileiros, tanto na educação nutricional e no combate a problemas como a desnutrição infantil e a obesidade, quanto no suporte emocional durante os 1.000 primeiros dias. Nossas estratégias de nutrição e desenvolvimento de produtos já estão pautadas nas necessidades nutricionais dos brasileirinhos, e temos a plataforma Nestlé Baby&Me para apoiar e suportar pais e mães nos primeiros anos de vida de seus filhos”, diz.

Sobre o Índice de Parentalidade

O Índice de Parentalidade fornece uma nova estrutura para compreender a experiência dos pais em todo o mundo nos dias atuais. A Nestlé encomendará o Índice de Parentalidade a cada dois ou três anos, a fim de refletir e mapear o panorama da experiência de parentalidade nos países do índice.

Os 11 fatores que compõem o Índice de Parentalidade são:
1. Ausência de pressão (contribui com 22,6% para a classificação no Índice): as pressões internas e externas que os pais enfrentam ao criar seus filhos. Menos pressão torna a parentalidade mais fácil;
2. Resiliência financeira (16,7%): o nível de estabilidade das finanças familiares. Maior resiliência significa menor impacto;
3. Apoios para a vida profissional (15,6%): políticas e proteções trabalhistas locais, combinadas com acesso a creches, que impactam na capacidade dos pais de ficarem em casa ou trabalharem como desejam;
4. Bebê de temperamento fácil (10,1%): a percepção de que um bebê de temperamento fácil torna a parentalidade mais fácil;
5. Recursos de saúde e bem-estar (9,0%): acesso a cuidados de saúde adequados e informações confiáveis para os pais;
6. Ambiente de apoio (8,0%): um ambiente que permite aos pais fazerem o que desejam, sem barreiras, de fácil acessibilidade aos pais e seus bebês;
7. Parentalidade compartilhada (5,8%): envolvimento dos parceiros e compartilhamento de responsabilidades;
8. Confiança dos pais (2,7%): como os pais se sentem sobre si mesmos; seu senso de confiança, satisfação e resiliência;
9. Licença Maternidade Paga (3,5%): licença maternidade, com proteção do emprego para mulheres empregadas, durante a época do parto;
10. PIB PPC – per capita (3,1%): uma medida de riqueza entre diferentes países que usa os preços de bens específicos para comparar o poder de compra da moeda local;
11. Gini reverso (2,8%): uma medida de dispersão estatística destinada a representar a renda ou distribuição de riqueza dos residentes de uma nação.

Artigos relacionados