Foi um tal de “Feliz Ano Novo” pra lá e pra cá, que resolvi falar sobre esse tema… a felicidade! Mesmo tema que inspirou filósofos da Antiguidade e que continua nos desafiando até hoje… Afinal, o que é a tal da felicidade? Dá pra ser feliz neste mundo, com todos os problemas e desafios que o noticiário insiste em nos mostrar diariamente?
Resolvi começar o ano falando nisso. Vamos lá. Decidi fazer a coisa em forma de itens, para facilitar:
1) Aprendi com o meu pai a frase: “A felicidade está onde a pomos, mas nunca a pomos onde nós estamos”. Há controvérsias sobre se essa frase é do Fernando Pessoa ou se já virou mesmo um dito popular. O fato é que a gente tem a tendência a adiar a nossa felicidade, a condicioná-la a uma situação ideal, ou seja, por exemplo: “Quando eu tiver um namorado, serei feliz”, “Quando eu tiver um filho, serei feliz”, “Quando eu emagrecer dez quilos, serei feliz”. Bobagem. A gente precisa ser feliz agora para conquistar as coisas que queremos. É uma questão de processo. Melhor pensar assim: “Sou feliz hoje porque estou em plena conquista das coisas que quero para a minha vida”.
2) Aprendi também que o egoísmo é a maior fonte da nossa infelicidade. A gente acha que tem certos “direitos” a carinho, amor, atenção e quando eles não são atendidos, a gente se sente infeliz. Besteira. Temos que aprender que “dar” no seu sentido puro e amplo é muito melhor do que receber. Já tá na hora de descobrirmos isso de uma vez por todas.
3) A gente tem mania de ver a felicidade só em momentos especiais da nossa vida, como uma viagem, uma festa, um encontro especial com amigos etc. Mas na verdade devemos tentar buscar o prazer integralmente na vida, não só aqui e ali, mas 24 horas por dia, a cada instante, nas coisas mais simples e cotidianas, como no sol, no céu azul, na chuva, na roupa limpa na gaveta, na comida na geladeira, no cobertor que nos aquece no inverno, na flor que desabrocha (minha mãe todas as manhãs observa a roseira que fica no nosso jardim e se encanta cada vez que uma nova rosa abre as suas pétalas), na praia, no mar, nos cinco sentidos, nos amigos, família, filhos, enfim… a lista é infinita.
4) Outra dica importante: normalmente temos a tendência de sermos exigentes demais com os outros, principalmente os mais próximos, vendo e revendo seus defeitos, – e quase só eles – imaginando isso e aquilo e achando razões para o nosso mau humor. Vamos virar isso de cabeça pra baixo, urgentemente! Vamos procurar a beleza das pessoas, manter a calma e desculpar suas “falhas”. Mesmo porque não tem ninguém perfeito, aqui no planeta Terra (incluindo nós mesmos). Fala sério.
5) Mais uma: a felicidade é uma questão de escolha, de opção. Ela depende muito do nosso posicionamento perante a vida. Temos que aprender a controlar nossos pensamentos e sentimentos. Faça um exercício de imaginação. Como você se sente quando está mal e quando está superbem? Você pode escolher a piscina de lama e o fundo do poço ou o firmamento ensolarado e estrelado, como quando está dentro de um avião. Claro que a imagem da felicidade e da tristeza variam de pessoa para pessoa. Identifique as suas. E faça a sua escolha agora.
E você, tem alguma receitinha particular de felicidade pra compartilhar aqui comigo?