Mesmo sendo difícil para familiares e amigos confirmar um diagnóstico de câncer infantil, ainda assim, todo o suporte emocional pode influenciar positivamente na batalha pela cura do câncer da criança.
A Casa Ronald McDonald ABC, que oferece apoio integral às crianças e adolescentes acometidos pelo câncer, tem casos comoventes de pacientes que souberam lidar com a doença por conta do apoio da família e, por isso, apresentaram melhorias significativas no tratamento.
Esse é o caso da pequena Nicoly da Silva Teixeira, de 10 anos, que travou uma luta contra um tumor cerebral há dois anos e chegou até a perder todos os movimentos no início do tratamento. “É comum que, nessas situações, algumas famílias acreditem que a criança está condenada à morte, pois o câncer é a doença que mais mata crianças e adolescentes de 0 a 16 anos, no Brasil segundo o INCA. Isso é muito frustrante, causa depressão, problemas emocionais e psicológicos, estresse e desgaste emocional para toda a família. Adotar essa postura negativa afeta muito como a criança reagirá ao tratamento. Mas a cura é possível e temos vários casos fantásticos como o bom exemplo da Nicoly”, relata Leila Lopes, diretora-executiva da Casa Ronald McDonald ABC.
Leila relata que, durante todo o tratamento, a família e amigos de Nicoly não apenas a visitaram durante a sua estadia na Casa, mas também fizeram de tudo para que ela acreditasse na cura. “Até a cachorrinha, Pipoca, foi levada à Casa para ajudar Nicoly a se animar e todo esse esforço deu muito certo. Gradualmente, ela foi apresentando melhorias significativas. Em 2020, ela apresentou sinais de movimentos, retirou a sonda de alimentação e hoje já consegue frequentar a escola e a se alimentar sozinha”. Na última sessão de quimioterapia, enquanto Nicoly ainda se hospedava na Casa Ronald McDonald ABC, a família fez uma surpresa à pequena na porta do hospital.
Esse relato reforça que, conforme o tempo vai passando, a criança pode apresentar sinais de evolução ao tratamento e a família pode perceber que a doença pode ser tratada e até curada em alguns casos. Por isso, é primordial que a família não se deixe levar pelo susto do diagnóstico, mas sim, dê a criança ou adolescente toda a esperança que ele precisa para vencer a doença.
“Eu acredito fielmente que o carinho e o amor da família e dos amigos são um dos remédios mais importantes para o tratamento da doença, a sensação de não estar só nesta batalha tão difícil contra o câncer é um verdadeiro bálsamo para esses pacientes”, afirma Leila.