Pesquisa e reciclagem: papelaria dá dicas para economizar nos materiais escolares

Com aumento de até 30% em alguns itens, grupo de mães no Facebook promove troca-troca
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Imagem: divulgação
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IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Esses são apenas alguns dos gastos previstos para esse início de 2023 e que impactam diretamente no orçamento familiar. Diante de um cenário econômico pouco favorável, toda economia é bem-vinda, inclusive quando o assunto é material escolar e a família conta com mais de uma criança no seu núcleo. Afinal, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, o aumento no preço dos materiais escolares deve variar entre 15% e 30%. Contudo, para Ana Oliveira, à frente da Papermall Papelaria, na Zona Sul do Rio de Janeiro, os pais devem ficar atentos aos preços praticados nas papelarias, uma vez que alguns produtos já estão tendo queda de preços, mas não estão sendo repassados pelos lojistas por conta da alta demanda dessa época do ano.

“Durante todo o ano de 2022, tivemos um aumento grande no valor dos materiais escolares, por conta da alta do dólar, escassez de matéria-prima e de produtos, e consequentemente, problemas de importação. Mas neste mês de janeiro, apesar da alta demanda de compra, alguns itens, como cola, fita crepe e fita dupla face, já tiveram redução de 10%. Contudo, muitas papelarias não estão repassando os preços baixos para o consumidor final para aproveitar a onda de preparativos da volta às aulas. Por isso, pesquisar é fundamental quando o assunto é economizar. Só de escolher entre uma papelaria e outra, os pais podem ter uma economia de mas de 10% na listagem final”, alerta a empreendedora com 12 anos de experiência no ramo.

Mas além da tradicional pesquisa em diferentes lojas, Ana Oliveira, à frente da Papermall Papelaria, lista quatro dicas valiosas para auxiliar os pais na economia dos materiais escolares nesse início de ano.

Peça desconto
“Além de pesquisar em diferentes papelarias, físicas e on-line, saber pedir desconto também é muito importante na hora de economizar. Se o núcleo familiar tiver dois ou três filhos então, é quase certo que a papelaria ofereça algum tipo de benefício, como 15% de desconto no valor final da compra”, ressalta a empreendedora à frente de uma papelaria.

Entenda se o material é adequado para a idade da criança
Ana Oliveira explica que a compra do material escolar deve se basear na idade do aluno. “Uma criança da pré-escola não pode ter um giz de cera muito fininho, porque a criança ainda não tem muita coordenação motora e pode quebrar o giz. Nesse caso, vale mais a pena pesquisar as características do produto e do uso associado a idade da criança e comprar um giz de cera mais caro, porém mais grosso, e que vai durar mais tempo. O mesmo acontece quanto a qualidade dos produtos. Não vale a pena investir em uma marca branca ou inferir que vai durar poucos meses, enquanto uma marca melhor oferecerá um ano inteiro de uso, ou mais, para a criança”, explica a dona da Papermall Papelaria, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Recicle materiais do ano passado
“Sabemos que a lista de material escolar que as escolas pedem vai muito além do que a criança realmente usa em um ano letivo, então sempre sobram cadernos pouco utilizados de matérias menos expressivas e aquelas cores menos favoritas da criança na caixa de lápis de cor. Meu conselho é sempre reaproveitar os cadernos pouco usados no ano passado no próximo ano e, em vez de comprar uma caixinha de 24 cores de lápis, por exemplo, comprar apenas uma de 12 para substituir pelos mais gastos”, argumenta a dona da Papermall Papelaria.

Promova troca de materiais
Existem materiais escolares que podem ser facilmente trocados com outros alunos, ajudando os pais a economizarem e a promover a sustentabilidade. “A troca de materiais acontece, principalmente, com uniformes, livros e outros itens duráveis, como mochilas e estojos. Há, inclusive, grupos de mães no Facebook destinados para isso.

Mães trocam materiais escolares para economizar e promover a sustentabilidade
É o caso da carioca Bárbara Costa, de 40 anos, moradora do bairro Barra da Tijuca. Mãe do Pedro, de 11 anos administradora de um grupo do WhatsApp de troca de material e uniforme. Bárbara participa do coletivo há 4 anos e esse ano não foi diferente. Os livros dos seus filhos, utilizados no ano passado apenas com lápis, esse ano foram doados para outra família carioca. Já os uniformes e livros previstos para esse ano, já foram doados por uma terceira família, que também segue nesse ciclo de reutilização. “Este ano vou economizar mais ou menos R$ 3.000 e atualmente qualquer economia é benvinda”, conta a mãe.

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