É dada a largada para o retorno às aulas. Alguns colégios já voltaram, outros, em breve, mas o que se sabe é que esse processo requer adaptação para os alunos. Essa mudança que ocorre na rotina durante as férias, implica não só a vida dos estudantes, mas também, dos pais e responsáveis que são peças fundamentais nesse momento.
Para que o retorno à rotina escolar aconteça de forma gradual e menos cansativa, é preciso que sejam implementadas algumas ações. Em geral, os alunos das séries iniciais são os que mais precisam de atenção e participação de todos os entes envolvidos. Isso porque existe uma ansiedade e medo em um ambiente novo, com novas pessoas e atividades.
“O significado de volta às aulas aos estudantes, é realmente retornar à rotina. Isso requer dos responsáveis que coloquem rotina nas crianças, para que os horários estejam estabelecidos e organizados, e assim, o processo de adaptação aconteça o mais rápido possível”, explica a orientadora educacional e psicopedagoga da rede do Colégio Objetivo DF, Márcia Fonseca.
Confira a seguir cinco dicas primordiais no processo de adaptação ao retorno às aulas indicadas pela profissional:
Compra de materiais
O processo de volta às aulas começa bem antes do início do ano letivo, com a compra de materiais. Muitos pais optam por não envolver os filhos nas compras, com o receio de que as crianças escolham produtos mais caros ou que fujam dos itens da lista. Para isso, o ideal é que se tenha uma conversa franca e clara, delimitando o orçamento e dando opções dentro do necessário, para que as crianças também façam parte das escolhas. Apesar de ser estressante e cansativo, é importante que os pequenos façam parte desse processo de organizar, vivenciar as escolhas de seus materiais escolares com alegria, compartilhando as novidades com seus colegas e professores no início do ano letivo.
Cronograma de atividades
A elaboração de um cronograma junto às crianças, que mescle as atividades pedagógicas já agendadas, com as de lazer e domésticas, também é uma excelente estratégia para prepará-las para o início do ano letivo. É importante que esse cronograma seja feito em parceria com os pequenos e, se for feito de forma física, que seja em uma agenda ou quadro de organização, por exemplo, para que o momento seja ainda mais prazeroso e divertido.
Sono de qualidade
Não tem como falar sobre aprendizado e não destacar a importância do sono de qualidade. Delimitar o período de sono, de pelo menos oito horas, vai influenciar o processo de aprendizagem e até mesmo na capacidade de interação e socialização com os novos colegas de classe. Evitar o uso de telas no tempo que antecede a hora de dormir também determina a qualidade do sono e pode ser proveitoso para leituras, conversas ou contações de histórias, que também ajudam no processo criativo.
Reunião com a equipe pedagógica
A relação dos pais e responsáveis com a equipe pedagógica nas duas primeiras semanas é fundamental para entender quais os assuntos e matérias, em que os alunos possuem mais dificuldades ou se destacam. Além disso, é no começo do ano letivo que serão determinadas as mudanças e ajustes necessários para que o aluno possa ter o maior índice de aproveitamento dos conteúdos e desempenho escolar.
“Nas primeiras quatro semanas de aula é feita uma sondagem pelos professores em relação à aprendizagem do aluno, para visualizar as dificuldades que serão passadas para a orientação pedagógica. Dessa forma o profissional de ensino saberá o que provocar e estimular especificamente no aluno”, explica Márcia Fonseca.
Conversa sobre a volta às aulas
Preparar as crianças para a volta às aulas se dá com boas conversas. Explique em detalhes de forma clara todo o processo, destacando informações importantes sobre quais disciplinas irão estudar, matérias e livros, por exemplo. Explique também sobre a escola, os horários e procure saber quais os medos e inseguranças que estão sentindo.
“É papel da família firmar toda a novidade de socialização, dos amigos novos e das diferenças! Ressaltar a importância de ser amigo e chamá-lo para fazer atividades. Os responsáveis podem e devem passar segurança aos filhos. Passar sempre tranquilidade nas conversas e explicações”, finaliza.
