Três presentes com significado para o Dia das Crianças

Especialista sugere presentes não materiais que podem fazer a diferença na formação dos filhos
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Imagem: Freepik
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Todo Dia das Crianças é a mesma coisa: os pais correm para comprar os presentes pedidos pelos filhos. E muitas vezes isso significa, inclusive, deixar a conta no vermelho. Por isso, neste ano de pandemia, nada melhor do que deixar os presentes materiais de lado e olhar um pouco para dentro.

Para tornar o Dia das Crianças mais significativo, Adriana Drulla – mestre em psicologia positiva e especialista em parentalidade consciente – elencou para o iMom três presentes que não custam nada e podem fazer a diferença na formação dos filhos.

  1. Criação de vínculos

Os pais devem aproveitar o tempo a mais para criar vínculos verdadeiros com os filhos, para que eles se sintam verdadeiramente acolhidos e tenham seus sentimentos compreendidos. Isso porque, este vínculo é um dos principais fatores que suporta a resiliência emocional da criança, que é a capacidade de enfrentar desafios de forma construtiva.

O primeiro passo para ganhar a confiança da criança é validar seus sentimentos, acolhendo o que ele está sentindo com empatia. “Não basta dizer ‘Eu amo meu filho e ele sabe disso’. O vínculo se constrói quando as pessoas compartilham experiências positivas. Brincar junto, cozinhar junto, até mesmo dividir outras tarefas de casa são exemplos de momentos agradáveis de interação”, diz Adriana.

  1. Autocompaixão

Aceitar as próprias imperfeições com naturalidade e abrir mão das expectativas irrealistas é importante para a resiliência emocional dos filhos. “Na minha pesquisa descobri que mães autocompassivas têm filhos mais autocompassivos, e se sentem mais competentes no seu papel de mãe”, explica a especialista.

A autocompaixão significa adotar uma postura gentil com relação a si mesmo. Ou seja, dar para si o que precisa em um momento difícil, seja um banho demorado ou pedir ajuda para alguém para poder relaxar. Quando os pais se cuidam e são mais gentis consigo mesmos, os filhos também se beneficiam. Eles aprendem a ser autocompassivos pelo exemplo, e têm um vínculo mais forte com pais e mães.

Ao abrir mão da expectativa de se ser uma mãe ou pai perfeito, é possível aceitar que os filhos também têm defeitos. Dessa forma, a criança se sente aceita por quem ela é, não acha que precisa mudar para receber amor, desenvolve um autoconceito mais positivo e maior autocompaixão. “As pesquisas mostram que as crianças que têm maior dificuldade para lidar com os próprios erros, e que enxergam as limitações pessoais como sinal de que há algo errado com elas, tendem a se deprimir e desenvolver outros problemas emocionais com maior frequência”, completa Adriana.

  1. Escuta Compassiva

Para entender um filho é importante reservar um tempo para ouvir o que ele está sentindo. E uma forma de fazer isso é por meio de uma escuta com aceitação e sem julgamentos, em que o outro pode se expressar com sinceridade, sem preocupação com a desaprovação.

Uma escuta compassiva acontece do pescoço para baixo. Isso significa que quem escuta não fala, apenas se disponibiliza a escutar o outro, ao mesmo tempo que presta atenção às próprias emoções, e como elas se expressam no corpo.

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