Férias de janeiro: atividades para realizar com a criançada em casa

Período longe das escolas pode ser aproveitado com brincadeiras e tarefas pedagógicas, mas divertidas
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Imagem: Shutterstock
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Muito esperado pelas crianças e adolescentes, o momento de descanso e longe das escolas pode ser temido pelos pais. Energia de sobra e pouco espaço ou possibilidades de distração e entretenimento são uma combinação difícil para manter a harmonia com a criançada dentro de casa. Por isso, é fundamental que as famílias se programem e mantenham um bom cronograma com atividades e brincadeiras próprias para sua faixa etária.

Também é possível realizar tarefas que, embora lúdicas e divertidas, estejam em linha com o que foi abordado em salas de aula ao longo do ano ou até mesmo que reforcem alguns conceitos importantes para o currículo escolar. Regina Alves, pedagoga e fundadora da Rede Decisão, grupo educacional responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”), traz algumas dicas de como levar diversão e aprendizagem para crianças e adolescentes, de acordo com a idade de cada um.

De 3 a 6 anos:
Com 3 anos, a criança já consegue desenvolver atividades e brincadeiras que envolvam coordenação motora. Inclusive, é até importante estimular essas habilidades. Quebra-cabeça, brinquedos de montar e desmontar, ou de encaixar são atividades que podem ser feitas com repetição e que contribuem para aumentar a concentração. Quase todo processo de aprendizagem da infância ocorre a partir dos cinco sentidos. O estímulo criado por atividades sensoriais é fundamental. Uma alternativa muito interessante é a “caixa sensorial”, que conta com objetos de diferentes texturas e formas escondidos para que a criança, apenas pelo tato, descubra o que é, ou simplesmente sinta as consistências. Uma bacia com água já resulta em uma brincadeira superdivertida e instigante. Basta colocar objetos de densidades diferentes, para que a criança perceba que alguns vão boiar, enquanto outros vão afundar. Além de entretê-la, é uma forma de transmitir conceitos de física, contando com elementos lúdicos.

A partir dos 7 anos:
Com autonomia já bastante desenvolvida, crianças dessa idade podem escolher as brincadeiras, roupas, alimentos e expressar demais preferências com frequência. Além disso, elas já têm a capacidade de se concentrar por mais tempo na mesma tarefa. Portanto, basta passar as instruções das brincadeiras, mesmo as mais elaboradas, porque elas contam com um repertório maior. Um exemplo é o jogo da mímica: a comunicação não verbal é uma forma muito rica de expressar sentimentos, ter controle do corpo e é um ótimo estímulo à criatividade. Jogos de raciocínio e de desafios também são muito importantes, além de divertidos.

A partir dos 12 anos:
Mudanças muito importantes acontecem na vida da criança nessa fase e que se refletem no comportamento, corpo e forma que ela se relaciona com o mundo. Ela passa a constituir a própria linha de raciocínio, que, pela idade já está bastante estruturado. Por meio de construção de hipóteses, experimentações, conseguem compreender com mais facilidade as emoções, similaridades e diferenças nas pessoas. Por isso, experimentos científicos, principalmente os que têm apelo visual, são muito interessantes. Isso pode ser feito em casa, sem recursos muito específicos. Apostar em jogos de tabuleiro é uma alternativa ótima porque, nessa idade, crianças e jovens tendem a passar muito tempo diante das telas.

“Toda criança representa um universo próprio, repleto de particularidades e questões únicas. É importante que seu tutor se esforce para compreender as preferências dela, além de respeitar seu tempo e espaço. Estar presente e criar momentos de interação com as crianças e os adolescentes aumenta os laços e conexão, o que é fundamental para que exista uma relação saudável e harmônica, e que, por sua vez, influencia diretamente a vida acadêmica deles”, finaliza Regina.

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