Muitos pais de primeira viagem se preocupam em aprender sobre gestação, parto, amamentação e cuidados com o recém-nascido, mas depois que passa essa fase, deixam de buscar informações importantes sobre os marcos do desenvolvimento motor do bebê e sobre o papel dos pais ou cuidadores para estimular corretamente esse desenvolvimento. Deixar o bebê de bruços, oferecer brinquedos específicos e até permitir que o bebê leve a mãozinha à boca, são algumas das orientações que fazem toda diferença. Por isso, a fisioterapeuta, Silvana Vasconcelos, realiza no dia 21 de março, o evento on-line e gratuito “As Fases do Desenvolvimento Motor Infantil”. Para se inscrever, basta acessar o link clicando aqui.
“O desenvolvimento infantil depende muito de como a criança é estimulada, de quanto estímulo ela tem em seu ambiente e até de quantas semanas o bebê nasceu. Não é algo fixo, visto que esses fatores podem atrasar ou adiantar um pouquinho, mas existe um limite que é considerado típico, então precisamos estar atentos a eles para saber o que está dentro do esperado para uma criança típica e, claro, buscar ajuda quando preciso”, afirma a fisioterapeuta, Silvana Vasconcelos, mestre em Fisioterapia e diretora da rede que leva seu nome em seis estados do Brasil.
“Durante a pandemia, muitos atrasos foram observados nas crianças típicas, sem nenhuma lesão neurológica. Esses atrasos foram decorrentes da falta de estímulos e da pouca variação ambiental que a criança foi exposta. Recebemos crianças que até os 15 meses não apresentavam marcha, crianças que não exploraram o ambiente externo pisando em grama e terra, crianças que não tinham espaço para engatinhar e até crianças com medo de interação social. Esse último fator não está necessariamente ligado ao atraso de desenvolvimento motor, mas faz com que a criança tenha receio de explorar novas formas de brincar, e são elas que trazem melhora no desenvolvimento motor”, lamenta Silvana Vasconcelos.
Quais habilidades o bebê precisa até os três meses de idade?
“O bebê precisa ser capaz de levantar e manter sua cabecinha de pé por algum tempo quando colocado de barriga para baixo sem nenhum esforço visível. Quando deitado de barriga para cima, precisa ser capaz de levar as mãos à boca e já começar a manipular alguns brinquedos e objetos, como chocalhos. Então, nessa idade o que os pais precisam fazer é colocar a criança de barriguinha para baixo para que ele possa se exercitar e fazer o movimento de sustentar a sua cabeça. Nessa idade, o bebê usa muito as mãos e leva muito elas na boca e muitos pais querem tirar, mas é um momento de exploração saudável e é preciso deixar”, afirma Silvana.
Habilidades adquiridas aos seis meses
Com seis meses, o bebê já evoluiu muito e é esperando que ele comece a rolar para os dois lados, sentar sozinho com apoio e começar a sentar sem apoio, iniciar a posição de quatro apoios (gatinho) e tentar fazer movimentos de avanço para frente, arrastando a barriga no chão, como o deslocamento de “soldado”. Alguns bebês já conseguem engatinhar, outros não, mas precisam estar começando a se sustentar em quatro apoios. Quando colocado de pé e segurado pelo tronco, ele precisa saber descarregar o peso nas perninhas, ou seja, precisa conseguir manter as pernas firmes na superfície.
Habilidades dos nove aos 12 meses de idade
“Nessa idade, o bebê precisa ter a habilidade de passar de deitado para sentado sozinho, sentar sem apoio com o tronco bem reto, engatinhar sozinho e já precisa saber se puxar numa superfície plana e ficar em pé sozinho. Ele também deve conseguir brincar com objetos quando está sentado e pegar objetos que estão longe do seu alcance quando está na posição sentado”, explica Silvana.
Com um ano de vida, o marco mais esperado é o de andar, mas não necessariamente andar por completo aos 12 meses, porque até os 15 meses ainda é considerado típico, segundo a fisioterapeuta. Mas, nessa idade, o bebê precisa se apoiar em superfícies planas para levantar sozinho e também dar passinhos de lado segurando em móveis, treinando a marcha lateral. Ele tem que ser capaz de soltar as mãozinhas e ficar de pé sozinho, mas isso pode variar até os 15 meses.
“De forma geral, os pais precisam estar atentos para proporcionar as experiências que a criança precisa para se desenvolver de maneira adequada e buscar ajuda quando perceberem atrasos nos marcos citados aqui. Geralmente, por não saberem o que a criança deveria estar fazendo em cada idade, os pais comparam com primos, irmãos mais velhos etc. Isso tem seu valor, se os pais têm dúvidas, mas é sempre melhor procurar ajuda especializada”, finaliza a fisioterapeuta.
Serviço
Evento on-line e gratuito “As Fases do Desenvolvimento Motor Infantil”
Data: 21 de março (terça-feira)
Horário: 20h
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