Levar a mão ao rosto é um hábito que nos acompanha desde o início da vida. Estudos indicam que bebês costumam tocar seus olhos e bochechas ainda no útero da mãe. E, à medida em que a criança começa a crescer, aprende a usar as mãos como uma ferramenta para higienizar a face, seja para tirar uma sujeira da boca, do olho ou cutucar uma “caquinha” no nariz.
Isso acaba expondo os pequenos a uma série de doenças e infeções. Entre as mais comuns está o impetigo, uma infecção cutânea, geralmente localizada no nariz e boca, que é causada por bactérias e que leva ao surgimento de pequenas feridas cobertas de uma casquinha dura, que pode ser de cor dourada, vermelha ou cor de mel. Por vezes, pode formar bolhas que se rompem, quando, então, se torna o impetigo bolhoso.
“O Impetigo é causado pelas bactérias Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus. E, embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum em crianças entre dois e seis anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano”, explica Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e consultora médica da Libbs Farmacêutica. Segundo ela, a doença pode surgir a partir de um pequeno ferimento, corte na pele ou picada de inseto que fazem com que as bactérias alcancem as camadas mais internas da pele e causem a infecção.
Já que pedir que as crianças não levem as mãos ao rosto é uma tarefa quase impossível, fazer a higiene nasal externa da maneira adequada, ou seja, com lenços umedecidos com solução salina e ativos naturais desenvolvidos especialmente para o nariz de bebês e crianças e lavar as mãos com frequência é a principal recomendação da especialista para evitar o surgimento da doença. “As bactérias que causam o impetigo habitam nossa pele, portanto, qualquer fissura pode ser uma porta de entrada. Nesse sentido vale a pena higienizar a área do nariz e boca dos bebês e crianças com produtos neutros que promovam não somente a limpeza, mas também a hidratação da pele, evitando assim que as bactérias entrem”, detalha a especialista.
A médica ainda frisa que somada à lavagem interna do nariz, a limpeza externa pode ajudar a afastar essa e outras doenças comuns no período de prolongada seca, como o que vivemos agora.