O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que vão surgir, no Brasil, mais de oito mil novos casos de cânceres infantojuvenil, por ano, entre 2020 e 2022. Por isso, neste Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil é importante falar sobre formas de identificar os sintomas e sinais de tumores na infância.
O que é
Segundo o INCA, o câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. No entanto, os mais frequentes são as leucemias – que afetam os glóbulos brancos, os tumores que atingem o sistema nervoso central e os linfomas.
Incidência
Dados do INCA mostram que, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Sintomas
O diagnóstico precoce é fundamental para a recuperação do paciente. “No Sistema Único de Saúde (SUS), o início do tratamento leva, em média, 270 dias para adultos, mas câncer em crianças é, geralmente, uma emergência, e o início do tratamento tem que ser imediato”, afirma o Dr Cláudio Galvão, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).
De acordo com o especialista, entre os principais sintomas que podem ser observados estão:
- Palidez e manchas roxas
- Caroços e inchaços
- Perda de peso inexplicáve
- Dor de cabeça constante
- Náuseas e vômitos
- Problemas de equilíbrio, visão turva
- Sonolência e convulsão
- Dor nos ossos
“Caso observe mudanças sem motivos aparentes ou que sejam persistentes, é necessário consultar um especialista para descartar todas as possibilidades e garantir o melhor tratamento para esses jovens”, orienta o especialista
Prevenção
A hematologista e hemoterapeuta, Maria Cunha Ribeiro Amorelli (CRM 13.399), explica que o aconselhamento genético pré-natal é indicado quando há casos de cânceres e tumores graves na família. “Nas famílias onde já se detectou uma síndrome de hereditariedade do câncer, doenças genéticas herdadas ou raras está indicado o aconselhamento pré-natal para que a família entenda e calcule os riscos de surgimento da doença no seu filho”, explica.
A especialista afirma, ainda, que já existe a possibilidade de seleção do embrião para as famílias submetidas a reprodução assistida. “A técnica é um sequenciamento de nova geração feito nos genes do embrião que permite selecionar embriões que não possuam a mutação hereditária”.