Acupuntura sem agulha é opção de tratamento para crianças com Síndrome de Down e TEA

Técnica com pastilha de silício contribui para melhorar a cognição e o desenvolvimento
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Criança com Síndrome de Down (banco de imagens Pixabay)
Criança com Síndrome de Down (banco de imagens Pixabay)

Os benefícios da acupuntura vão muito da diminuição de dores, tratamento de disfunções psíquicas, hormonais e físicas. A técnica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que promove o equilíbrio energético por meio de aplicações de agulhas, sementes, laser e até pastilhas de silício, também tem se mostrado uma excelente ferramenta dentro de tratamento multidisciplinar, para promover bem-estar e estimular o desenvolvimento físico e cognitivo de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com síndrome de Down, segundo o acupunturista, Marcelo Stehling, que há mais de 20 anos atende pacientes neurodivergentes.

O Transtorno do Espectro Autista se refere aos distúrbios no desenvolvimento neurológico, caracterizado por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. “Registros da Medicina Tradicional Chinesa mostram que o autismo já era tratado há mais de 5 mil anos. A patologia é descrita como a Síndrome dos Cinco Atrasos, cujas características seriam associadas ao desequilíbrio energético dos órgãos e vísceras – baço-pâncreas, rins, fígado e coração”, explica o acupunturista.

Em pessoas com autismo que apresentam sensibilidade à dor e ao toque, os pontos podem ser estimulados com as pastilhas de silício ou laser. Entre os benefícios verificados com as aplicações, Stehling destaca a redução de muitos sintomas característicos, maior tolerância a ruídos, noites de sono menos agitados, diminuição da enurese noturna, redução da fala repetitiva e estereotipias. “Ao deixar o paciente mais calmo, a acupuntura, juntamente com a orientação médica, pode inclusive ajudar a reduzir a dosagem de medicamentos psiquiátricos”, afirma o terapeuta.

No caso de crianças com Síndrome de Down, a acupuntura sem agulha, como a stiperterapia, auxilia no tratamento de doenças respiratórias e cardiopatias, muito comuns nas pessoas com a síndrome. Segundo Stehling, também foram constatados outros benefícios como a redução na salivação excessiva (sialorreia), melhora do tônus muscular (hipotonia) e ganho de altura, além da melhora da fala e da concentração, que contribui para o aprendizado.

“A intervenção precoce é a melhor forma de se obter os melhores resultados. A importância de um bom diagnóstico é fundamental associada a uma equipe multidisciplinar. A acupuntura sem agulha pode ser ministrada em bebês e, inclusive, em gestantes”, aconselha Stehling.

 

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