Dicas de brincadeiras para as férias escolares

Trazer para as crianças antigas recreações, além de ser divertido, ajuda no desenvolvimento e estimula a criatividade
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Imagem: Canva
Imagem: Canva
As férias escolares, em geral, são motivo de grande ansiedade para as crianças. Esse período do ano é sinônimo de viagem, passeios e lazer, combinado com aquele prazer de não fazer nada jogado no sofá. Entretanto, mesmo com o afrouxamento da quarentena, evitar aglomerações é fator primordial para evitar a disseminação da Covid-19. E , além de todas as questões relacionadas à pandemia, ainda há o fator que nem sempre é possível combinar as férias escolares das crianças com as férias do trabalho dos pais.

 

Mas, para afastar aquele sentimento de “não aguento mais ficar em casa” que os pequenos acabam nutrindo, que tal investir em passatempos direto do “túnel” do tempo que, além de distrair, contribuem para o desenvolvimento cognitivo e afasta o sedentarismo?

 

Para auxiliar as famílias nesta verdadeira jornada de entretenimento para espantar o tédio, confira cinco dicas da Marina Pedrosa, coordenadora de Educação Infantil e 1º Ano, do Colégio Augusto Laranja, em São Paulo.

 

Mímica
A mímica é um tipo de jogo em que a única linguagem é a corporal. Os gestos precisam demonstrar o que o jogador quer representar e essa é a única regra!

 

Então, se você deseja atrair a atenção das crianças e, claro, se divertir junto com elas, separe um momento do dia e inicie a disputa!Para facilitar e organizar o jogo, basta escrever em um papel uma série de palavras que devem ser sorteadas. Que tal eleger uma categoria, como animais? Para os que ainda não foram alfabetizados, recorte ilustrações das revistas para que eles possam imitar da sua maneira. Assim todos podem participar. Combine o limite de tentativas e pontuações. E capriche no prêmio do vencedor!

 

“Já que o atual cenário restringiu o contato físico, é necessário encontrar formas que estimulem a comunicação das crianças. Este formato ajuda a explorar a criatividade e, também, auxilia na interação social”, explica Marina. Ela ressalta ainda a importância de colocá-las em movimento. “Esse tempo junto é algo inestimável e as imitações ou representações passam a ser aprendizado cognitivo, diminuem o sedentarismo e, consequentemente, ajudam na saúde física.”

 

Teatro e apresentações
Outra brincadeira que pode trazer muita alegria para dentro dos lares é a reprodução de apresentações, como peças de teatro.

 

Uma forma de tornar isso possível é convidar os pequenos artistas para preparar o cenário da apresentação. Mãos à obra no papel crepom, cartolina, tinta e glitter para criar o palco particular. Separe o que tiver em casa e monte também o figurino.

 

Com tudo pronto, embarque nesse universo da imaginação. “O segredo de uma boa brincadeira é estar entregue à situação, presente, sem celular ou televisão, interagindo e sendo interlocutor das crianças com boas perguntas e colocações que deem riqueza à proposta da criança”, enfatiza Marina.

 

Batata quente
Segundo a coordenadora, aqui está uma alternativa que ajuda a instigar o rápido raciocínio das crianças.

 

Posicione os participantes em círculo para que passem a batata de mão em mão, vende o cantor da rodada e peça que ele inicie a cantiga “batata quente, quente, quente, quente…”. Quando ele proferir a palavra de ordem, aqui no caso representada pela palavra “queimou”, quem estiver com ela na mão deixa o jogo até que reste apenas um jogador.

 

“A atividade requer profunda atenção, pensamento concentrado e ágil para repassar o que está em suas mãos e também atua no entendimento do sentimento de frustração ao ser eliminado”, acrescenta Pedrosa.

 

Dança das Cadeiras
Direto das festas dos anos 80 e 90 para a sua sala, a brincadeira exige essas mesmas habilidades. Mas, na mecânica, uma pessoa controla o som enquanto as outras rodam com as mãos para trás em torno de um número de cadeiras menor do que o de jogadores. Quando o som parar, aquele que ficar sem lugar para se sentar é eliminado até que reste apenas uma pessoa sentada.

 

Escadinha
Escadinha pode ser conhecida também como Amarelinha em algumas localidades. Para traçar o caminho, vale o que tiver em casa e for possível no espaço disponível: giz, fita crepe, barbante, corda, ou, até mesmo, cadarços de tênis.

 

Desenhados os cinco degraus, basta saltar as casinhas apoiado em apenas um dos pés e sem pisar na marcação. Para prolongar a brincadeira, mude a regra a cada rodada: intercale as possibilidades de pulos entre dentro e fora dos espaços, duplos ou simples.

 

O próximo nível é incluir movimentos com palmas para cima e para baixo ao longo dos saltos. O desafio final é fazer todos os movimentos o mais rápido possível.

 

“Por trás de cada um desses passatempos há benefícios físicos e mentais. Portanto, quando chamamos as crianças para brincar não estamos fornecendo apenas diversão, mas criando memórias que tendem a facilitar a passar esse período de maior tensão com menos ansiedade e sedentarismo”, finaliza a Coordenadora do Colégio Augusto Laranja.

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